MISSÃO 4
IX – Tuatahi
Quando saíram da Sé de Braga, era já noite cerrada.
Entraram em contacto com o Dirigente do Agrupamento que lhes abriria a porta da Sede onde iriam pernoitar e, pouco depois, já com um banho retemperador tomado e a peça do Portal bem guardada na mochila da Luísa, sentaram-se a jantar o delicioso esparguete à bolonhesa que o Álvaro, o cozinheiro da Equipa, lhes tinha preparado. “Está supimpa” dizia António, a boca cheia até mais não, enquanto discutiam os acontecimentos do dia. “A pista para a próxima peça tem de estar na foto”, dizia Jaime por entre duas garfadas. “Concordo inteiramente” acenou Raquel, enquanto Paulo se servia novamente.
Terminaram de jantar e, em círculo sentados no chão da sede, pegaram na fotografia e analisaram-na. Era bastante antiga e nela figuravam dois jovens, unidos pelo abraço cúmplice e fraterno de quem acabou de viver uma grande aventura naquele que pareciam ser os primeiros tempos do escutismo. Ao fundo, viam-se outros jovens, de lenço ao pescoço, e um edifício antigo, provavelmente um “Paço Arquiepiscopal”, referiu Jaime, pois foi lá que ocorreram as primeiras reuniões de escuteiros em Portugal (confirmar).
“Se Vicente nos deixou esta foto, com estes dois jovens, é porque eles são fundamentais para descobrirmos a peça seguinte”, disse-lhes Luísa. “Na parte de trás da foto alguém escreveu um ano – 1938. Ou seja, estes dois terão hoje cerca de 94 anos. Temos de descobrir quem são.” A noite já ia longa pelo que decidiram guardar o resto das investigações para o outro dia.
Na manhã seguinte, quando se prestavam para sair, apareceu Miguel para se despedir. Mostraram-lhe a fotografia, segurando-a com cuidado, como se de um tesouro se tratasse. Miguel olhou-os um a um, um sorriso travesso nos lábios, e apontando para um dos jovens na foto, disse apenas uma palavra: “Tuatahi”. Que queria aquilo dizer, interrogavam-se os outros? “Qualquer escuteiro aqui em Braga conhece a história dos Primeiros, os “Tuatahi”, aqueles que trouxeram até aos dias de hoje as memórias do que foi o começo do escutismo em terras lusitanas, dos valores primordiais que lhes foram transmitidos em longas noites cantadas em volta do fogo que aquecia o corpo e a alma. São 12 os Tuatahi que continuam entre nós, a serem exemplo, espalhando o ideal da construção de um mundo melhor. Este é um desses Tuatahi…e eu sei onde ele está. Venham comigo”.
Correram atrás de Miguel desbravando ruelas e travessas íngremes, chegando pouco depois junto a uma casinha simples e singela, em frente da qual se sentava num pequeno banco de madeira, um jovem ancião, cabelos brancos, já ralos, óculos de aros grossos, e rosto arredondado. “Este”, apontou Miguel, “é o Chefe Barbosa, um dos Tuatahi.” Do alto dos seus quase 94 anos, o velhote olhava-os sorridente e expectante. “Há 40 anos que aguardo a vossa chegada” comentou ele. “Mas como assim”, perguntou Jaime, “se só agora chegamos a Braga e o mais velho de nós tem apenas 15 anos?” “Sentem-se, que eu conto-vos a história”.
“Há muitos anos atrás, ali bem próximo do ano de 1938, pouco depois de eu ter entrado para os escuteiros, os Scouts de Braga como eram naquele tempo conhecidos, fui fazer o meu primeiro acampamento. Naquela altura só podiam entrar rapazes e eu fiquei na Patrulha Tigre com mais 7 companheiros. Os tempos não eram de fartura e eu não tinha dinheiro para comprar a farda, pelo que optei por ir acampar com a roupa do dia-a-dia, apenas tendo como agasalho mais forte, um casaco de lã. Depois de termos montado campo, começaram os jogos e pouco depois o calor era tanto que eu e os outros tivemos de tirar os casacos que deixamos espalhados pela erva. Quando foi altura de regressar às tendas e aos afazeres de campo, vestimos novamente os casacos, mas qual não foi o meu espanto, quando encontrei um monte de dinheiro num dos bolsos. Entretanto, outro dos elementos da minha Patrulha começou a gritar dizendo que o tinham roubado, chamando pelo Chefe Augusto que prontamente ocorreu. Aproximei-me para ver o que se passava quando reparei que quem gritava tinha o meu casaco vestido e eu, pelos vistos, tinha vestido o dele. Desfeita a confusão, apertamos as mãos, tendo ficado aquele momento gravado numa fotografia que o Chefe Augusto nos tirou. Ficamos grandes amigos ao longo de muitos anos, até que um dia ele saiu de Braga com os pais para ir viver para outro ponto do país. Só o voltei a ver por volta do ano de 1980.” O Chefe Barbosa parou por breves instantes, ordenando as memórias, para continuar o relato da história logo a seguir, enquanto a Equipa, sentada à sua volta, o escutava atentamente.
“Estava um dia soalheiro, igual ao de hoje, quando um homem se aproximou e me cumprimentou, chamando-me pelo meu nome. “Olá Barbosa”, disse ele, “os anos passaram por ti, mas o teu sorriso é o mesmo, inconfundível.” Olhei-o por breves instantes e reconheci nele o amigo que fizera naquele primeiro acampamento. “Vicente, és mesmo tu?”, perguntei. Luísa olhou para os outros, o espanto pasmado no rosto. Não podia ser uma coincidência. O Chefe Barbosa continuou. “Sim, sou eu mesmo, amigo Barbosa. Desculpa não me demorar muito, mas tenho uma missão para ti e peço-te que confies em mim e a executes sem pedir explicações. Apenas te posso dizer que é essencial para que as memórias do passado não se percam para sempre. Daqui a 40 anos, uma Equipa de escuteiros de uma terra distante virá ter contigo. A guia será uma rapariga de cabelo loiro e olhos verdes, alta e esguia. Quando chegarem, dá-lhes esta carta e este objeto. Não te preocupes, eles saberão o que fazer com eles.” O Chefe Barbosa tinha os olhos marejados de lágrimas ao relembrar aquele velho amigo. Passado um breve instante continuou. “A seguir abraçou-me e com um “até sempre” partiu. Nunca mais o vi…”
“Pois bem”, recomeçou ele, “aqui está o que vieram buscar.” Abrindo o casaco retirou do bolso interior um cubo e uma carta, entregando-os depois à Luísa que os guardou sem demora na mochila. Aproximou-se do Chefe Barbosa, olhou-o nos olhos e por breves instantes viu neles a alegria do explorador que não se cansa nunca de viver mais uma aventura, correndo sobre a terra, trepando à mais alta das árvores para depois se baloiçar de estrela em estrela rumo ao abraço apertado de um novo amigo.
“Obrigado por tudo”, disse-lhe Luísa e debruçando-se deu-lhe um singelo beijo na face.
Aquele tinha sido um excelente dia.
I SECÇÃO
Os últimos Tuatahi
Palavra-Chave: Exemplo
Passado
Descubram o(a) Àquêlá mais antigo ou um(a) Àquêlá de referência e façam-lhe uma entrevista que contenha: uma história marcante, como era o Agrupamento na altura,…
Tirem uma foto com ele(a).
Futuro
Como imaginam os Lobitos do futuro? Que atividades diferentes vão realizar?
Tarefa Bónus
Apresentem o vosso plano de atividades para 2021/2022 que evidencie o número de Caçadas a realizar.
O que entregar?
O que pontuar?
• Entrevista com a foto (pode ser vídeo)
• Apresentação Lobitos do futuro
• Plano de atividades
Sistema de Progresso
• Balú ensina a Lei da Selva
• Máugli e Bàguirá caçam juntos
• Bàguirá responsabiliza Máugli
• Bàguirá defende Máugli na Rocha do Conselho
• Àquêlá ajuda Fao
Curiosidades
Sabias que: Podes conhecer o escuteiro mais antigo do país no ativo? De que Agrupamento será? Pois bem, o nome Chefe Barbosa diz-te alguma coisa? Por certo que a grande parte dos escuteiros da Região de Braga dirá. O chefe Luis Oliveira Barbosa tem atualmente 93 anos de idade e ainda é um elemento ativo no Agrupamento 1 da Sé de Braga. É escuteiro há 83 anos, entrou para o Grupo 1(exploradores) em 1938 e mais tarde como dirigente, desempenhou diversos cargos no Agrupamento e na Região. Se ficaste curioso podes encontrar mais pormenores no capitulo IX do imaginário do Jogo Foca o Futuro, porque a equipa Leonardo da Vinci teve a felicidade de falar com ele e contam-nos lá o que se passou 🙂 O Chefe Barbosa é um Escuteiro com quem podemos aprender muita coisa pelo seu exemplo.
Podes descarregar aqui a Missão 4.
II SECÇÃO
Os últimos Tuatahi
Palavra-Chave: Exemplo
Passado
Descubram o(a) Chefe de Expedição (Grupo Explorador) mais antigo(a) ou de referência (pode já não estar no Agrupamento). Façam-lhe uma entrevista onde lhe perguntem como era o Agrupamento na sua altura. Peçam-lhe para ele vos ensinar um jogo, um grito, um aplauso que fosse tradição na sua altura. Tirem uma foto com ele
Futuro
Como imaginam os Exploradores do futuro? Que aventuras diferentes vão viver?
Tarefa Bónus
Apresentem o vosso plano de atividades para 2021/2022 que evidencie o número de Aventuras a realizar.
O que entregar?
O que pontuar?
• Entrevista com a foto (pode ser vídeo)
• Apresentação Exploradores do futuro
• Plano de atividades
Sistema de Progresso
• Assumo as minhas escolhas
• Vivo de acordo com as minhas ideias
• Procuro saber sempre mais
• Procuro soluções quando identifico problemas
• Sou criativo quando apresento aquilo que penso e imagino
• Sou tolerante e solidário
• Sei viver em grupo
Curiosidades
Sabias que: Podes conhecer o escuteiro mais antigo do país no ativo? De que Agrupamento será? Pois bem, o nome Chefe Barbosa diz-te alguma coisa? Por certo que a grande parte dos escuteiros da Região de Braga dirá. O Chefe Luis Oliveira Barbosa tem atualmente 93 anos de idade e ainda é um elemento ativo no Agrupamento 1 da Sé de Braga. É escuteiro há 83 anos, entrou para o Grupo 1(exploradores) em 1938 emais tarde como dirigente, desempenhou diversos cargos no Agrupamento e na Região. Se ficaste curioso podes encontrar mais pormenores no capitulo IX do imaginário do Jogo Foca o Futuro, porque a equipa Leonardo da Vinci teve a felicidade de falar com ele e contam-nos lá o que se passou 🙂 O chefe Barbosa é um Escuteiro com quem podemos aprender muita coisa pelo seu exemplo.
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III SECÇÃO
Os últimos Tuatahi
Palavra-Chave: Exemplo
Passado
Descubram o(a) Chefe mais antigo(a) ou de referência (pode já não estar no Agrupamento). Façam-lhe uma entrevista onde lhe perguntem como era o Agrupamento na sua altura. Peçam-lhe para ele vos ensinar um jogo, um grito, um aplauso que fosse tradição na sua altura.
Futuro
Como imaginam os Pioneiros do futuro? Que desafios vão encontrar pela frente?
Tarefa Bónus
Apresentem o vosso plano de atividades para 2021/2022 que evidencie o número de Empreendimentos a realizar.
O que entregar?
O que pontuar?
• Entrevista com a foto (pode ser vídeo)
• Apresentação Pioneiros do futuro
• Plano de atividades
Sistema de Progresso
• Responsabilidade
• Coerência
• Procura do conhecimento
• Resolução de problemas
• Criatividade e expressão
• Solidariedade e tolerância
• Interação e cooperação
Curiosidades
Sabias que: Podes conhecer o escuteiro mais antigo do país no ativo? De que Agrupamento será? Pois bem, o nome Chefe Barbosa diz-te alguma coisa? Por certo que a grande parte dos escuteiros da Região de Braga dirá. O chefe Luis Oliveira Barbosa tem atualmente 93 anos de idade e ainda é um elemento ativo no Agrupamento 1 da Sé de Braga. É escuteiro há 83 anos, entrou para o Grupo 1 (exploradores) em 1938 e mais tarde como dirigente, desempenhou diversos cargos no Agrupamento e na Região. Se ficaste curioso podes encontrar mais pormenores no capitulo IX do imaginário do Jogo Foca o Futuro, porque a equipa Leonardo da Vinci teve a felicidade de falar com ele e contam-nos lá o que se passou 🙂 O Chefe Barbosa é um Escuteiro com quem podemos aprender muita coisa pelo seu exemplo.
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IV SECÇÃO
Os últimos Tuatahi
Palavra-Chave: Exemplo
Passado
Descubram qual o(a) Chefe de Agrupamento mais antigo(a) (pode já não estar no Agrupamento) que já passou pelo Agrupamento. Partilhem connosco um pequeno vídeo (2 minutos) onde entrevistem esse elemento e onde obtenham a resposta à pergunta:quais eram os grandes desafios do Agrupamento nessa altura?
Futuro
Como imaginam os Caminheiros do futuro? Que escolhos vão ter para ultrapassar?
Tarefa Bónus
Apresentem o vosso plano de atividades para 2021/2022 que evidencie o número de Caminhadas a realizar.
O que entregar?
O que pontuar?
• Entrevista com a foto (pode ser vídeo)
• Apresentação Caminheiros do futuro
• Plano de atividades
Sistema de Progresso
Emoções, Aperfeiçoamento, Compromisso, Consistência, Missão, Aprendizagem, Filtrar, Adaptação, Estratégia, Criatividade, Democracia, Tolerância, Equipa.
Curiosidades
Sabias que: Podes conhecer o escuteiro mais antigo do país no ativo? De que Agrupamento será? Pois bem, o nome Chefe Barbosa diz-te alguma coisa? Por certo que a grande parte dos escuteiros da Região de Braga dirá. O chefe Luis Oliveira Barbosa tem atualmente 93 anos de idade e ainda é um elemento ativo no Agrupamento 1 da Sé de Braga. É escuteiro há 83 anos, entrou para o Grupo 1(exploradores) em 1938 e mais tarde como dirigente, desempenhou diversos cargos no Agrupamento e na Região. Se ficaste curioso podes encontrar mais pormenores no capitulo IX do imaginário do Jogo Foca o Futuro, porque a equipa Leonardo da Vinci teve a felicidade de falar com ele e contam-nos lá o que se passou 🙂 O Chefe Barbosa é um Escuteiro com quem podemos aprender muita coisa pelo seu exemplo.
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